O Flamengo redesenhou sua estratégia de mercado após a eliminação na Copa do Brasil e definiu dois objetivos principais para a janela em curso: contratar um zagueiro com status de titular imediato e um atacante capaz de alternar a titularidade no setor ofensivo. A busca será conduzida com cautela, monitorando oportunidades de custo mais baixo na fase final do período de transferências.
A diretoria entende que o sistema defensivo precisa de mais segurança. Danilo, contratado nesta temporada, ainda não conseguiu sequência em razão de lesões, embora tenha previsão de retorno nas próximas semanas. Enquanto isso, o técnico Filipe Luís considera Léo Ortiz e Léo Pereira aptos para manter o nível de competitividade, mas admite que um reforço de peso reduziria riscos de oscilação na zaga.
No ataque, a preocupação é a falta de jogadores de definição para revezar com os titulares. A comissão técnica trabalha com a projeção de calendário intenso no Campeonato Brasileiro e nas fases decisivas da Libertadores, o que exige opções de características diferentes das atualmente disponíveis. A orientação é negociar apenas em condições financeiras favoráveis, aproveitando possíveis quedas de preço perto do encerramento da janela.
Apesar da necessidade reconhecida em duas posições, o departamento de futebol não pretende apressar acordos. O setor de análise de desempenho já mapeou nomes para zaga e ataque, mas aguarda o momento considerado ideal para formalizar propostas. Até agora, não há tratativas ativas com clubes ou empresários, movimento explicado pelo desejo de evitar inflação de valores.
A chegada de um novo goleiro foi adiada para a próxima temporada. A saída de Matheus Cunha, já confirmada, abrirá espaço para um substituto, mas a direção optou por tratar do tema só no ano que vem. O clube também planeja renovar o vínculo de Rossi, que termina em 2027, assegurando estabilidade na posição até a definição do novo reforço.
No primeiro semestre, o Flamengo supriu carências consideradas emergenciais com a contratação de Emerson Royal, Carrascal, Saúl e Samuel Lino. Esses movimentos atenderam demandas imediatas do técnico Filipe Luís, especialmente para a lateral direita e para o meio-campo criativo. Com esses atletas integrados, a diretoria descarta novas investidas para o setor de meio, mesmo diante das lesões de Erick e De la Cruz.
A preservação do elenco atual também faz parte do plano. Peças com menos minutos, como Michael e Cebolinha, não serão negociadas neste momento. A avaliação interna é de que a profundidade do grupo será essencial para suportar a maratona de jogos nacionais e continentais. Qualquer saída inesperada alteraria o planejamento financeiro e esportivo.
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Nos bastidores, o clube trabalha com cenários de curto e médio prazo. A curto prazo, a prioridade absoluta é assegurar a contratação do zagueiro. A médio prazo, a busca pelo atacante dependerá da disponibilidade do mercado e dos recursos liberados pelo orçamento. Em paralelo, a análise sobre possíveis vendas de atletas segue em segundo plano, só ganhando força caso propostas acima do valor de mercado sejam apresentadas.
O fator tempo exerce influência direta na estratégia rubro-negra. Ao esticar negociações, o Flamengo espera aproveitar redução natural de pedidas salariais e de taxas de transferência, prática comum quando as janelas se aproximam do fechamento. Esse modelo já foi adotado em temporadas anteriores, com resultados considerados satisfatórios pela diretoria.
Com elenco fechado no meio-campo e na lateral direita, a comissão técnica concentra observações nos próximos compromissos do Brasileirão, enquanto dirigentes mantêm conversas informais com representantes de jogadores monitorados. Qualquer avanço concreto só ocorrerá se os valores se encaixarem no teto financeiro definido após o balanço do primeiro semestre.
O cronograma interno prevê atualizações periódicas sobre o andamento das negociações. Caso o zagueiro chegue antes do final da janela, o departamento de futebol passará a focar exclusivamente no atacante. Se nenhuma contratação for concretizada, a discussão será retomada no início do próximo ano, quando o tema goleiro também entrará em pauta de forma prioritária.
Até lá, o Flamengo permanece atento às expectativas de desempenho em campo. A ideia central é equilibrar necessidade esportiva e responsabilidade financeira, evitando movimentos precipitados e assegurando um grupo competitivo para as fases decisivas da temporada.
