Conselho do São Paulo tem nove votos contrários à camisa 3 que já superou recordes de venda

Leonardo Monteiro

A reunião mais recente do Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube, realizada em agosto de 2025, aprovou a nova camisa 3 da equipe, mas registrou nove votos contrários, entre eles o do ex-presidente Fernando José P. Casal de Rey. O posicionamento dessa ala contrastou com o desempenho comercial do uniforme, que se tornou o produto mais vendido do clube em apenas dez dias.

O modelo alternativo, desenvolvido para a temporada de 2025, presta homenagem ao tricampeonato mundial conquistado pela equipe em 1992, 1993 e 2005. Predominantemente preto, o desenho traz detalhes dourados e elementos gráficos que remetem à defesa decisiva do goleiro Rogério Ceni na final de 2005. Segundo dados internos do departamento de marketing, o lançamento ultrapassou, em menos de duas semanas, todo o volume comercializado pela camisa 3 de 2024 ao longo de doze meses.

Apesar do entusiasmo dos torcedores e do retorno financeiro imediato, a aprovação não foi unânime. Manifestaram voto contrário Alvaro do Vale Pereira, Fabio Giaconi de Brito Machado, Fernando José P. Casal de Rey, João Alves Veiga, Joaquim José Lacerda Ribeiro, José Moreira, Pedro Luiz Baggio, Roberto Antonio Kirschner e Waldo José Vallim Braga. O grupo alegou, durante a sessão, motivos ligados à tradição e à identidade visual do clube, sem, contudo, conseguir maioria para barrar o projeto.

De acordo com o regulamento interno, novas peças do uniforme oficial precisam de aval do Conselho Deliberativo antes de chegarem ao mercado. A votação seguiu o procedimento habitual: apresentação do conceito, exibição de amostras e contagem nominal dos votos. Com apoio da diretoria executiva e da Comissão de Marketing, a camisa foi confirmada pela maioria simples, condição suficiente para homologação.

A diretoria considera o resultado comercial um indicativo de aceitação por parte da torcida. O clube adotou estratégia de pré-venda online seguida de distribuição em lojas físicas autorizadas. Números divulgados internamente indicam que o estoque inicial, previsto para um mês, esgotou-se em cinco dias. Novos lotes foram encomendados à fornecedora, que programou entregas escalonadas até o fim do ano para atender à demanda.

Além do aspecto financeiro, a criação do uniforme buscou reforçar a narrativa histórica do tricampeonato mundial. O design incorpora grafismos alusivos aos títulos, como a inscrição das datas das conquistas no interior da gola e uma ilustração estilizada da defesa de Rogério Ceni na manga direita. O logotipo do fornecedor aparece em dourado, mesma cor adotada para o escudo do clube na versão monocromática.

Conselho do São Paulo tem nove votos contrários à camisa 3 que já superou recordes de venda - Imagem do artigo original

Imagem: alexandrezanquetta via saopaulo.blog

No plano político, a votação reforçou a divisão entre grupos que defendem modernizações na identidade visual e setores que preferem manter o padrão tradicional tricolor. Conselheiros favoráveis argumentaram que a iniciativa não descaracteriza as cores oficiais e contribui para gerar receita sem recorrer a aumento de preços de ingressos ou cortes em outras áreas. Já os opositores mencionaram preocupação com o uso predominante do preto, cor que não integra a combinação oficial de vermelho, branco e preto em faixas horizontais.

Internamente, a diretoria comemora a repercussão positiva nas redes sociais, onde a apresentação do uniforme alcançou altos índices de engajamento. Métricas de interação indicam crescimento no número de seguidores dos canais oficiais do clube e aumento nas menções ao tricampeonato mundial. O departamento de marketing planeja ativações presenciais com ex-atletas que participaram das conquistas, além de ações de licenciamento de produtos complementares.

No campo esportivo, a previsão é de que a camisa 3 seja utilizada em partidas selecionadas do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e, caso a equipe avance, em confrontos da Copa Libertadores de 2025. A comissão técnica definirá os jogos em que o uniforme alternativo será adotado, seguindo orientações de contraste de cores estabelecidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Com a conclusão do processo de aprovação, o clube encerra a etapa interna e concentra-se na distribuição do produto durante o segundo semestre. A expectativa do departamento financeiro é superar a marca de vendas totais do uniforme principal até o final da temporada. Mesmo com a resistência manifestada por parte do conselho, o desempenho comercial inicial indica que a camisa 3 de 2025 deve ocupar posição de destaque entre os artigos licenciados de maior sucesso na história recente do São Paulo.

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Futebol Market
Visão geral da privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.