Rivais correm para garantir camisa autografada de Clayton Kershaw às vésperas da despedida

Leonardo Monteiro

LOS ANGELES, 19 de setembro de 2025 – O veterano Clayton Kershaw, 37 anos, fará nesta sexta-feira sua última partida da temporada regular no Dodger Stadium e, possivelmente, uma das últimas de sua carreira. A simples possibilidade de aposentadoria transformou o vestiário dos rivais em verdadeira fila por um souvenir do futuro Hall da Fama: sua camisa assinada.

O movimento ganhou corpo em junho, quando o lesionado Joe Musgrove, astro do San Diego Padres, enviou pela primeira vez uma camisa a um jogador do maior rival apenas por admiração. “Ele impactou o jogo não só como atleta, mas pela postura”, justificou o arremessador, torcedor dos Padres na infância.

Desde então, a pilha de pedidos se multiplicou. Kershaw admite que as solicitações “aumentaram levemente”, ainda que variem de série para série. Entre os que não perderam tempo estão Logan Webb, do San Francisco Giants, e Andrew Abbott, promessa do Cincinnati Reds. Webb, que tinha 12 anos quando o canhoto estreou, classificou como “impressionante” o fato de Kershaw continuar dominando mesmo com a bola rápida hoje em torno de 86-87 mph.

Apesar da queda de velocidade, o número 22 soma 10 vitórias, apenas duas derrotas e ERA de 3,53, recorrendo a uma combinação de slider, criatividade e até lances do tipo eephus. O desempenho o manteve relevante num elenco que já conta com Blake Snell, Roki Sasaki, Yoshinobu Yamamoto, Tyler Glasnow e Shohei Ohtani.

Papel nos playoffs ainda indefinido

Com uma rotação de seis nomes, o técnico Dave Roberts evitou cravar se Kershaw será titular em outubro. Yamamoto e Snell largam na frente, enquanto Ohtani pode receber a terceira vaga ou atuar como relevo. Ainda assim, Roberts garantiu: “Há lugar para ele, porque eu confio nele”.

O próprio Kershaw reforça que a prioridade é contribuir. “Meu trabalho é arremessar bem. Se for titular ou não, o clube decidirá o melhor”, comentou. Fora de boa parte da campanha rumo ao título no ano passado por problemas físicos, ele passou por cirurgias no joelho e no dedo no fim de 2024 e retornou à rotação em maio.

Um troféu de parede para os colegas

Snell, hoje companheiro de equipe, já tem duas camisas do ídolo emolduradas e avisa que quer outra. “Ele nunca cede. Você nasce competidor ou não. Ele é elite nisso”, disse. A admiração se espalha pelos corredores da MLB, a ponto de jovens como Abbott temerem perder a última chance de carimbar uma peça histórica.

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Imagem: Internet

Enquanto isso, Kershaw se divide entre atender a avalanche de lembranças e manter a tradicional concentração. A família acompanha cada saída – a esposa, Ellen, e os quatro filhos viajam para todos os jogos – numa temporada marcada pelo 3.000º strikeout e pela 11ª convocação ao All-Star Game, onde ele mesmo se permitiu usar microfone em campo pela primeira vez.

O clima de despedida, porém, não altera sua meta imediata: seguir competindo em alto nível até o último arremesso. Torcedores e adversários, por sua vez, correm para garantir um pedaço dessa história em forma de tecido e tinta.

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Com informações de ESPN

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