Brasília (DF) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve apresentar até meados de outubro um parecer sobre a possível ampliação da Série D do Campeonato Brasileiro de 64 para 96 participantes a partir de 2026. O prazo foi solicitado pela entidade após receber, no fim de julho, um dossiê elaborado por dirigentes dos clubes da quarta divisão, liderados por Rogério Siqueira, presidente do ASA e representante formal dos filiados.
Siqueira divulgou um vídeo no início da semana para atualizar as conversas. Segundo ele, a CBF pediu entre 75 e 90 dias para analisar as propostas, que incluem mudanças no calendário, distribuição de cotas e formato de disputa. “A entidade ainda não oficializou nada. Precisamos aguardar o posicionamento antes de qualquer nova deliberação”, ressaltou.
Divisão interna
Embora todos os times concordem que o torneio precisa evoluir, há divergência sobre o momento de implantar a expansão. Um grupo defende que a nova configuração entre em vigor já em 2026; outro prefere adiar para 2027, temendo impacto financeiro e logístico imediato.
No último fim de semana, dirigentes de equipes já garantidas na Série D de 2026 participaram de reunião virtual e, em sua maioria, rejeitaram a elevação para 96 clubes. Eles argumentam que o modelo atual, com 64 participantes, oferece equilíbrio técnico e custos mais controlados.
Rogério Siqueira reconhece o impasse. “É legítimo que cada clube lute pelo que considera melhor”, declarou, pedindo que o debate se mantenha “com respeito e coerência” até que a CBF dê a resposta formal.
Próximos passos
Após o parecer da confederação previsto para outubro, os clubes deverão se reunir novamente para alinhar posição única antes da Assembleia Geral Extraordinária da CBF, que costuma ocorrer no fim do ano. Caso a proposta seja aprovada, a expansão exigirá ajustes no regulamento, aumento de datas no calendário nacional e revisão da distribuição das vagas estaduais.

Imagem: Internet
A movimentação em torno da Série D ocorre em meio a discussões mais amplas sobre descentralização de receitas e fortalecimento das divisões inferiores. Mudanças anteriores na competição, como a criação de fases regionalizadas, já demonstraram impacto no nível técnico e na visibilidade dos participantes.
Enquanto aguardam a decisão, dirigentes avaliam cenários para garantir sustentabilidade financeira, inclusive parcerias de apostas esportivas e novos contratos de mídia. A cobertura completa sobre negociações de calendário pode ser acompanhada na editoria de Notícias. Para entender como alterações em regulamentos afetam o mercado, veja também o especial em nossa página inicial.
O desfecho da proposta servirá de termômetro para futuras reformas nas séries C e B, além de indicar o quanto a CBF está disposta a investir no crescimento das divisões de acesso. Continue acompanhando para saber se a ampliação sai do papel e como ela poderá impactar o seu clube.
Com informações de MKTEsportivo