Fluminense e São Paulo adotam caminhos distintos para atrair investimento e reduzir amadorismo no futebol

Leonardo Monteiro

Fluminense e São Paulo avançam em projetos que têm o mesmo objetivo: limitar a interferência política no futebol e captar recursos para sanar dívidas. As propostas, porém, seguem rotas diferentes.

Quem faz o quê

No Rio de Janeiro, o Fluminense pretende transformar todo o departamento de futebol em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A futura companhia assumirá a dívida estimada em R$ 871 milhões e, em contrapartida, receberá R$ 500 milhões em aporte de investidores que ficarão com 66% ou mais das ações, tornando-se responsáveis pelas decisões estratégicas.

O modelo segue o adotado por Botafogo, Cruzeiro, Bahia, Vasco e, mais recentemente, Atlético-MG, cujo controle passou a um grupo liderado pelo empresário Rubens Menin. A lógica é a mesma: maioria acionária garante voz de comando ao novo proprietário.

Estratégia escalonada no Morumbi

O São Paulo propõe uma estrutura em fases. A diretoria já criou um FIDC para levantar R$ 240 milhões, condicionando o uso do dinheiro a metas de redução de gastos e déficits no futebol profissional. Agora, quer vender 30% de uma empresa que administrará as categorias de base por R$ 250 milhões. A etapa seguinte prevê a eventual criação de uma SAF para o elenco principal.

Com esse desenho, o clube do Morumbi busca atrair capital sem abrir mão imediata do controle, prática ainda não testada em grandes agremiações do país. Investidores minoritários passariam a fiscalizar a gestão, o que, segundo defensores do projeto, diminuiria a margem para decisões amadoras.

Pontos de atenção

Mercado e conselheiros observam se a progressão proposta pelo São Paulo conseguirá ao mesmo tempo atrair parceiros e preservar governança. Já no Fluminense, a discussão se concentra no perfil dos futuros acionistas e na capacidade de cumprir o cronograma de quitação da dívida da associação.

Para o torcedor, a principal diferença está no grau de influência que cada diretoria manterá após a entrada de capital externo. Enquanto a SAF tricolor entrega o controle a investidores desde o primeiro dia, o FIP/Sociedade de Base do São Paulo preserva o voto majoritário do clube pelo menos no estágio inicial.

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Ambos os projetos ainda precisam do aval de conselhos deliberativos e assembleias de sócios. A forma como cada um lidar com governança, dívidas e novos investidores servirá de parâmetro para outras equipes que avaliam abrir capital no país.

Fique de olho: a definição dos modelos no Fluminense e no São Paulo promete ditar tendências na profissionalização do futebol nacional. Continue acompanhando nossos canais para atualizações e análises das próximas etapas.

Com informações de saopaulo.blog

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