Rio de Janeiro, 31 out. 2025 – O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, voltou a criticar a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e afirmou que a entidade age de forma sectária, privilegiando o Palmeiras nas decisões sobre a divisão das receitas de TV. O dirigente declarou que, após meses de tentativas de diálogo, recorreu à Justiça e conseguiu liminar que bloqueia R$ 77 milhões do grupo até que o cálculo das cotas de pay-per-view seja definido.
Discussões sem acordo
Segundo Bap, o Flamengo “não foi chamado para discutir absolutamente nada” dentro da Libra. Ele alega que o clube apenas exige o cumprimento dos critérios previstos em contrato, que, na visão rubro-negra, resultariam em repasse maior ao time carioca devido aos índices de audiência.
O dirigente também rebateu a narrativa de que o Flamengo age isoladamente. De acordo com ele, a equipe da Gávea chegou a abrir mão de cerca de R$ 500 milhões em cinco anos para viabilizar a criação da liga, mas se viu impedida de participar do Comitê de Integração com a Liga Forte União (LFU) após veto de outros clubes.
Acusações de conflito de interesse
Bap questionou a imparcialidade do advogado André Sica, responsável por intermediar negociações na Libra, lembrando que o jurista tem histórico de atuação para o Palmeiras. “A Libra é toda verde”, resumiu o dirigente, acrescentando que, se pudesse voltar atrás, não apoiaria a formação do bloco.
Tensão com Leila Pereira
O presidente rubro-negro relatou desgaste na relação com a mandatária palmeirense, Leila Pereira. Nos últimos meses, Leila criticou publicamente o Flamengo e comparou a diretoria adversária a “terraplanistas”. Para Bap, as declarações são “infantis” e ignoram que o Flamengo nunca cogitou deixar a Libra.
O dirigente também classificou como “imoral” o empréstimo de R$ 80 milhões concedido pela Crefisa, empresa ligada a Leila, ao Vasco da Gama. O Vasco respondeu em nota dizendo que Bap tenta desviar o foco das polêmicas que envolvem o clube carioca.
Contexto da disputa
A Libra reúne, entre outros, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória e Flamengo. A divergência central é a metodologia de cálculo de audiência para distribuição do pay-per-view. Sem consenso unânime, o Flamengo acionou o Tribunal de Justiça do Rio e obteve a suspensão temporária do repasse de R$ 77 milhões.

Imagem: Internet
A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) manifestou preocupação com o bloqueio, alegando risco ao pagamento de salários nos clubes do bloco.
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Com informações de MKTEsportivo