Atlético-MG prevê semana de forte pressão antes do primeiro duelo com o Godoy Cruz

Leonardo Monteiro

O Atlético-MG volta a viver clima de mata-mata nesta quinta-feira, 14, quando recebe o Godoy Cruz, da Argentina, na Arena MRV, pela partida de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. A equipe chega ao confronto com o objetivo de construir vantagem em casa, mas carrega o peso de uma sequência de decisões, fator que, segundo o zagueiro Lyanco, tem exigido atenção redobrada ao preparo físico e mental do elenco.

Desde o início de junho, o clube mineiro entrou em duas séries eliminatórias que só foram resolvidas nos pênaltis. Contra o Atlético Bucaramanga, ainda pela competição continental, o Galo venceu fora de casa, foi derrotado em Belo Horizonte e avançou graças à precisão nas cobranças. Situação idêntica ocorreu diante do Flamengo, na Copa do Brasil: triunfo no Maracanã, revés na Arena MRV e classificação confirmada novamente na marca da cal.

Os episódios sucessivos de tensão deixaram marcas. Lyanco reconhece que a atual maratona estremece o elenco em diferentes frentes. Ele lembra que, entre confrontos decisivos, o time também precisa administrar a pontuação no Campeonato Brasileiro. No último fim de semana, o Atlético empatou com o Gigante da Colina pelo torneio nacional. Para o defensor, o ponto conquistado ganhou valor diante do desgaste acumulado.

O jogador explica que o plantel vive semanas “fortes mentalmente”, nas quais não basta desempenhar bem; é preciso obter classificações. O zagueiro afirma que, nesse contexto, a igualdade fora de casa pela liga nacional não pode ser vista de forma negativa. O resultado, avalia, manteve o grupo concentrado no planejamento imediato sem comprometer a confiança.

Às vésperas do encontro com o Godoy Cruz, Lyanco projeta novos momentos de elevada pressão. A expressão “semana tensa” resume a expectativa do elenco. O defensor destaca que o elenco já iniciou preparação específica para garantir que jogadores estejam fisicamente aptos e com a cabeça blindada contra o cansaço emocional. Ele ressalta que o primeiro jogo em Belo Horizonte exige entrega total, pois o jogo de volta será em solo argentino, ambiente considerado hostil.

O otimismo, no entanto, permanece. O Atlético tem utilizado os vitoriosos precedentes recentes como estímulo. Na visão interna, as classificações sobre Bucaramanga e Flamengo reforçam a identidade competitiva do grupo, capaz de suportar duelos prolongados. Ainda assim, a comissão técnica trabalha para evitar novo desgaste extremo, procurando soluções de rotação no elenco sem comprometer a qualidade técnica em campo.

O Godoy Cruz, adversário desta fase, chega com histórico de campanha sólida na primeira etapa do torneio, cenário que reforça o alerta entre os mineiros. A equipe argentina aposta em organização defensiva e transições rápidas, características que exigem atenção do sistema de marcação do Galo. Pelo regulamento, o vencedor da série avança às quartas de final, etapa em que o nível de exigência aumenta e o calendário se comprime ainda mais.

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Imagem: Pedro Souza via torcedores.com

Internamente, a programação foi ajustada para amenizar o desgaste. Sessões regenerativas, controle de minutagem e acompanhamento psicológico fazem parte da rotina no centro de treinamento. Os jogadores receberam orientações específicas sobre descanso e alimentação ao longo da semana, medidas consideradas essenciais para chegar inteiro ao compromisso de quinta-feira.

Embora a sul-americana seja prioridade no momento, o Brasileirão continua a ocupar espaço na agenda de Minas Gerais. Entre a ida e a volta diante do Godoy Cruz, o Atlético terá partida pela liga nacional, cenário que dificulta qualquer folga mais longa. A diretoria confia que a profundidade do elenco será determinante para atravessar o ciclo sem quedas de rendimento.

Com a torcida novamente presente na Arena MRV, a expectativa é de casa cheia. O clube entende que o apoio das arquibancadas se torna diferencial, especialmente após eliminar adversários de peso em decisões recentes. A energia do público, avalia a comissão técnica, pode compensar parte do desgaste físico dos atletas ao empurrá-los nos momentos de instabilidade durante os 90 minutos.

O duelo de volta está programado para a semana seguinte, na Argentina, onde o Atlético precisará demonstrar a mesma resiliência que garantiu classificações anteriores. Antes disso, o foco absoluto recai sobre o compromisso de quinta-feira. Lyanco sintetiza o sentimento reinante nos vestiários: o elenco sabe que a trajetória no torneio continental depende de um desempenho seguro em casa. Por isso, a preparação envolve não apenas táticas e estratégias, mas principalmente controle emocional para suportar mais uma fase decisiva em um calendário que não oferece tréguas.

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