Neo-zelandês supera queda e conquista ouro histórico nos 3.000 m com obstáculos

Leonardo Monteiro

O neozelandês George Beamish, de 28 anos, escreveu seu nome na história na noite de segunda-feira, 16 de setembro, ao vencer a prova dos 3.000 m com obstáculos no Campeonato Mundial de Atletismo de Tóquio. A vitória rendeu à Nova Zelândia a primeira medalha em provas de pista ao ar livre em um Mundial.

A trajetória até o topo do pódio quase foi interrompida dois dias antes, quando Beamish sofreu uma queda na última volta da bateria classificatória. Mesmo com os cravos de um adversário raspando em seu rosto, ele levantou, retomou o ritmo e avançou à final. “Caí, levantei e percebi que minha forma estava melhor do que imaginava”, disse o atleta após a prova decisiva.

Na final, o favoritismo era do marroquino Soufiane El Bakkali, bicampeão olímpico e dono dos dois títulos mundiais anteriores. Beamish, que conviveu com lesões no quadril, tornozelo e perna nos últimos dois anos, manteve-se no bloco perseguidor até a última volta, quando o japonês Ryuji Miura inflamou as arquibancadas ao assumir a terceira posição a 150 metros da chegada.

Com o ruído ensurdecedor do Estádio Nacional, Beamish acelerou. Saltou o último obstáculo cerca de 10 m atrás de El Bakkali, alcançou o marroquino nos 50 m finais e cruzou em primeiro com uma arrancada fulminante — marca registrada desde que conquistou o ouro nos 1.500 m no Mundial Indoor de 2024, em Glasgow.

Reviravolta após ano conturbado

Em 2024, o atleta de Hastings nem sequer avançou à final olímpica em Paris por causa de dores no quadril. Em 2025, voltou a sofrer interrupções nos treinos por problemas no tornozelo e na perna, ficando dois meses fora das pistas no auge da temporada. “Este esporte tem mais baixos que altos, mas continuo aparecendo”, afirmou o corredor, reconhecendo o suporte da equipe técnica.

Sem jornalistas neozelandeses presentes em Tóquio, Beamish comemorou o feito diante de poucos repórteres, enquanto o sueco Armand Duplantis atraía os holofotes com mais um recorde mundial no salto com vara em outra parte do estádio. Ainda assim, o ouro do neozelandês ecoou como símbolo de perseverança e abriu um novo capítulo para o atletismo do país da Oceania.

Com a medalha no peito, Beamish celebrou o momento: “Descobri a hora certa de atacar. Nos últimos 200 metros, na minha cabeça, a prova já estava ganha; só precisava executar”.

O resultado confirma a reputação do atleta como um dos mais velozes finalizadores do circuito e oferece à Nova Zelândia uma prova concreta de que, mesmo em um esporte repleto de obstáculos, a insistência pode levar ao topo do pódio.

Com informações de The Guardian

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