Justiça derruba reunião que levaria ativos do Botafogo às Ilhas Cayman, mas Textor segue no comando da SAF

Leonardo Monteiro

A 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) anulou, nesta segunda-feira (13), os efeitos da reunião do Conselho de Administração da SAF do Botafogo realizada em 17 de julho. O encontro havia autorizado a transferência de ativos para uma empresa de John Textor nas Ilhas Cayman, além de aprovar aumento de capital e a contratação de um empréstimo de US$ 100 milhões.

O pedido de anulação partiu da Eagle Football Holdings, sócia de Textor na SAF alvinegra. A empresa contestou as deliberações alegando que as mudanças prejudicariam outros investidores ao concentrar patrimônio fora do Brasil. Ao deferir o recurso de forma parcial, o juiz suspendeu todas as decisões tomadas naquela reunião.

Textor preserva controle acionário

Apesar do revés, o magistrado manteve John Textor no controle acionário da SAF. O empresário norte-americano possui 90% das ações do futebol do clube, porcentagem que fica intacta até nova deliberação. O caso agora será encaminhado ao tribunal arbitral da Fundação Getulio Vargas (FGV), instância prevista no acordo de acionistas para solucionar impasses societários.

Conflito internacional influencia disputa

A tensão entre Textor e a Eagle cresceu após o quase rebaixamento do Olympique Lyonnais na temporada europeia passada. Pressionado por resultados e por credores, Textor se afastou da gestão do clube francês, sendo substituído por Michele Kang. Desde então, a Eagle se aproximou da Ares Management, principal financiadora de Textor, para tentar retirá-lo do comando do conglomerado esportivo.

No Brasil, o sócio majoritário conta com o respaldo da diretoria do Botafogo associativo, que detém poder de veto sobre alterações na estrutura da SAF. Essa base de apoio foi decisiva para que Textor permanecesse à frente das operações do futebol alvinegro, mesmo com a anulação da polêmica transferência de ativos.

Até a conclusão do processo arbitral, continuam válidos os termos originais da venda de 90% do futebol do Botafogo ao investidor americano, assinada em março de 2022. Não há prazo definido para o julgamento na FGV.

Com informações de Máquina do Esporte

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Neste caso, a Justiça barrou a transferência de ativos, mas manteve John Textor no controle do Botafogo. Continue navegando pelo Futebol Market para seguir cada capítulo dessa disputa e outras novidades do mercado da bola.

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