Las Vegas (EUA) – Terence Crawford adicionou mais um capítulo lendário à sua carreira ao derrotar Saul “Canelo” Álvarez por decisão unânime e conquistar o título indiscutível dos super-médios, na noite de sábado, 37 anos após seu nascimento em Omaha. O norte-americano, que subiu duas categorias de peso para o duelo, tornou-se o primeiro pugilista masculino da era moderna a reunir todos os cinturões (CMB, AMB, OMB e FIB) em três divisões diferentes.
Os cartões dos juízes refletiram o domínio de “Bud”: 118-110, 117-111 e 116-112. Agora invicto em 42 lutas, o campeão soma 20 confrontos mundiais consecutivos desde 2014.
Repercussão imediata
Ex-campeão mundial dos cruzadores, o britânico Tony Bellew festejou no X (antigo Twitter): “Uau, simplesmente uau… chamavam de tédio, mas isso é perfeição técnica. O plano de luta foi impecável e Bud foi excepcional”.
Do lado dos ringues, o campeão leve do CMB, Shakur Stevenson, descreveu o compatriota como “uma lenda que não teme desafios”. O britânico Hamzah Sheeraz, ex-campeão europeu dos médios, usou a mesma palavra para classificar o desempenho.
Ryan Garcia, ex-detentor de cinturão dos leves, foi ainda além: “Acredito que Crawford pode ser o melhor de todos os tempos”. Já o russo Dmitry Bivol, campeão unificado dos meio-pesados e um dos poucos a superar Álvarez, chamou ambos de “lutadores lendários”.
Críticas e futuro de Canelo
A performance também gerou opiniões duras. O criador de conteúdo e boxeador Jake Paul ironizou a reação do mexicano, que ergueu o braço após o resultado: “Canelo levantando a mão como se tivesse vencido; sempre foi superestimado”.
Aos 35 anos, Canelo soma quatro títulos em categorias distintas, mas sofreu a terceira derrota em 68 apresentações desde que estreou profissionalmente aos 15. Seu próximo passo ainda é incerto.
Elogiado e vaiado em partes iguais, Crawford agradeceu tanto “o apoio quanto as críticas” diante do que chamou de “rosto do boxe”. Ele encerrou o discurso avisando que continuará buscando “os maiores desafios disponíveis”.
Imagem: Internet
Com a vitória histórica, o norte-americano reforça sua presença no restrito panteão de lendas vivas do esporte e mantém viva a série de conquistas iniciada há dez anos.
Com informações de BBC Sport
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