Diretor do Palmeiras rebate Rogério Ceni, aponta contradição sobre gramado e promete denúncia à CBF

Leonardo Monteiro

O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, classificou como “questão ética complicada” a crítica feita por Rogério Ceni ao técnico Abel Ferreira após a derrota alviverde por 1 a 0 para o Bahia, domingo (29/9), na Arena Fonte Nova, pela 25ª rodada do Brasileirão 2025.

Na entrevista pós-jogo, Ceni afirmou que a reclamação de Abel sobre o estado do gramado não se sustentava, alegando que o campo irregular beneficiaria o Palmeiras, “acostumado a ligar direto” da defesa para o ataque. A resposta palmeirense veio nesta segunda-feira (30/9), por meio da assessoria de imprensa do clube.

“Os títulos conquistados com Abel demonstram a excelência do trabalho. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e deveria ser repensada”, declarou Barros.

O dirigente confirmou que o Palmeiras formalizará nos próximos dias uma reclamação à CBF sobre as condições do gramado da Fonte Nova. Durante a partida, Lucas Evangelista e Piquerez deixaram o campo com dores, o que reforçou a insatisfação alviverde.

Barros ressaltou que a crítica ao piso não se relaciona ao resultado em Salvador: “Não culpamos o campo pelo placar. Falamos da qualidade do gramado antes da bola rolar. É ruim para o Bahia, para os demais clubes e para os atletas”.

O diretor também lembrou uma fala de Ceni em julho de 2024, quando, após uma derrota do próprio Bahia, o treinador disse ser “preferível ter gramado sintético” a jogar naquelas condições. “O mesmo técnico que ontem defendeu o campo questionou sua qualidade um ano atrás”, pontuou.

Barros aproveitou para defender o uso de piso artificial no Allianz Parque, implementado em 2020. Segundo ele, a mudança ocorreu porque o gramado natural era “ruim” e colocava em risco a integridade física dos jogadores. “Desde então, somos um dos clubes com menor número de lesões”, completou.

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Imagem: Internet

Com o revés em Salvador, o Palmeiras permanece com 46 pontos, enquanto o Bahia chegou a 34. A comissão técnica alviverde planeja reunir imagens e laudos para embasar a denúncia à CBF.

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Com informações de ge.globo.com

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