Eno Polo foi confirmado nesta quinta-feira (27) como diretor-executivo da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). A posse é imediata e encerra a lacuna deixada por Massimo Calvelli, que abandonou o cargo em junho para ingressar na RedBird Capital Partners após cinco anos liderando o circuito masculino.
Ex-tenista profissional, Polo ocupava até abril a presidência da Premier Padel e, desde 2021, representava os jogadores no Conselho de Diretores da própria ATP. O currículo do novo executivo inclui passagens por Nike, Juventus, Havaianas, Global Brands Group e LeDap.
“O tênis vive um momento de transformação como esporte e negócio global; a oportunidade que temos pela frente é imensa”, declarou o dirigente em nota oficial.
Funções e planos
À frente da entidade, Polo comandará as operações globais e a implantação do OneVision, projeto que busca ampliar receitas comerciais e aprimorar a experiência dos fãs. O presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, classificou o novo CEO como “líder dinâmico que compreende o cenário comercial e as complexidades do tênis profissional”.
Cenário de disputas
A mudança na liderança ocorre em meio a forte pressão por prêmios mais altos. Em abril, a Associação de Jogadores de Tênis Profissionais (PTPA), capitaneada por Novak Djokovic, abriu processo na Justiça dos Estados Unidos contra ATP, WTA, ITF e Itia, alegando práticas anticompetitivas e descaso com o bem-estar dos atletas. A ATP refutou as acusações, afirmando que a entidade dos jogadores “promove divisão e desinformação” desde 2020.
No mesmo mês, ATP e WTA apresentaram aos quatro Grand Slams — Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open — proposta para criar uma estrutura corporativa unificada. Wimbledon e US Open recusaram o plano, segundo o site The Athletic, por considerarem que questões essenciais ficaram de fora.

Imagem: Internet
Números em jogo
A reivindicação dos atletas ganhou força depois que o US Open distribuiu US$ 90 milhões em prêmios neste ano, recorde para um torneio de tênis. Já a ATP informou ter pago US$ 261 milhões em remunerações em 2024 e prometeu repassar mais US$ 18,3 milhões referentes à participação nos lucros da temporada passada.
Com a posse de Eno Polo, a entidade espera acelerar o OneVision e, ao mesmo tempo, apaziguar a disputa judicial e as reivindicações por fatias maiores da receita gerada no circuito.
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Com informações de Máquina do Esporte