Corinthians encerra primeiro turno em 13º e mira reação após sequência de altos e baixos

Leonardo Monteiro

O Corinthians concluiu as 19 primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro com derrota por 2 a 1 para o Juventude, na noite de segunda-feira, resultado que consolidou a equipe na 13ª posição, com 22 pontos. O desempenho reflete um turno marcado por oscilação, mudanças no comando técnico e dificuldades para transformar o título estadual em regularidade na principal competição nacional.

O calendário apertado começou dois dias depois da final do Campeonato Paulista. Ainda sob a euforia da conquista, o elenco viajou à Bahia e empatou por 1 a 1 na estreia do Brasileirão, graças ao gol de Héctor Hernández nos acréscimos. A sequência, porém, evidenciou a perda de rendimento. A goleada por 3 a 0 sobre o Vasco em Itaquera não se repetiu nas partidas seguintes, e as apresentações instáveis intensificaram a pressão sobre Ramón Díaz.

A derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, na terceira rodada, em Barueri, expôs a fragilidade competitiva do time. Quatro dias depois, novo revés por 2 a 0 diante do Fluminense, na Neo Química Arena, encerrou a passagem de Ramón e Emiliano Díaz. O treinador argentino deixou o clube na 14ª colocação, com quatro pontos em quatro jogos, a apenas um ponto da zona de rebaixamento.

Durante 11 dias sem comandante efetivo, o interino Orlando Ribeiro, promovido do sub-20, dirigiu o Corinthians em duas ocasiões. Primeiro, conduziu a virada sobre o Sport em casa, com protagonismo de Memphis Depay. Na sequência, acompanhou do banco a goleada sofrida por 4 a 0 para o Flamengo, partida que Dorival Júnior assistiu ao lado da diretoria pouco antes de ser anunciado.

Dorival assumiu em 17 de maio, com contrato até dezembro de 2026, e encontrou um elenco afetado por lesões, suspensões e mudanças recentes. Sem conseguir repetir a mesma formação de um jogo para outro, alternou esquemas e viveu seis compromissos antes da pausa para o Mundial de Clubes: vitórias sobre Internacional (4 a 2) e Santos (1 a 0), empates frente a Cruzeiro, Vitória e Atlético-MG, além da derrota para o Flamengo. O período rendeu sete gols marcados, quatro sofridos e aproveitamento de 50%, suficientes para levar o time ao décimo lugar, com 16 pontos.

Houve então um intervalo de 31 dias. Metade foi destinada às férias do elenco; a outra metade, à intertemporada comandada por Dorival no CT Joaquim Grava. O treinador trabalhou ajustes no 4-4-2 em losango, testou peças e lidou com três saídas do elenco, além da troca de titulares em diferentes setores.

Na retomada, em 13 de julho, o Corinthians recebeu o Red Bull Bragantino e, apesar de dominar a segunda etapa, levou o gol decisivo nos acréscimos. Dias depois, superou o Ceará por 1 a 0, com Talles Magno garantindo o único triunfo do período. A evolução tática não se traduziu em resultados nos confrontos seguintes: derrota por 2 a 0 para o São Paulo, empate diante do Botafogo após primeiro tempo apagado e novo tropeço para o Juventude, agora em Caxias do Sul, fechando o turno.

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Imagem: meutimao.com.br

Os números finais escancaram a irregularidade: cinco vitórias, sete empates e sete derrotas, rendimento de 38,6%. O ataque balançou as redes 18 vezes (média de 0,95 por jogo), enquanto a defesa foi vazada em 23 oportunidades (1,21 por partida). Trata-se do terceiro pior início corintiano na era dos pontos corridos.

No elenco, o centroavante Yuri Alberto lidera a artilharia alvinegra na competição, com cinco gols em 13 aparições. Memphis Depay vem na sequência, com quatro gols. O zagueiro Cacá soma dois, enquanto Igor Coronado, Héctor Hernández, André Carrillo, Matheuzinho, Talles Magno e Breno Bidon têm um gol cada.

O desafio imediato é o reencontro com as vitórias para se aproximar da parte superior da tabela. O returno começa no próximo sábado, 16 de agosto, às 21h, contra o Bahia, em Itaquera. Na sequência, o Corinthians visita o Vasco (24/8) e recebe novamente o Palmeiras (31/8). Os demais duelos ainda aguardam definição de datas pela CBF, incluindo confrontos diante de Fluminense, Flamengo, Atlético-MG e São Paulo.

Com 22 pontos somados e quatro a menos que o G-6, o clube tenta aproveitar a janela de transferências e os ajustes táticos de Dorival Júnior para transformar desempenho irregular em consistência, condição considerada fundamental para afastar o risco de rebaixamento e manter a meta de classificação às competições continentais.

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