São Paulo (SP) – Na próxima segunda-feira (25), 299 conselheiros do Corinthians irão às urnas escolher o presidente que completará o mandato até dezembro de 2025. A disputa ganhou contornos de marketing eleitoral com duas propostas de impacto: a eliminação definitiva do ingresso impresso e a oferta de um aporte de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) de uma instituição que não é registrada como banco.
Quem concorre
Três nomes estão no páreo. O favorito é o presidente interino Osmar Stabile, ex-vice de Augusto Melo e aliado do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr..
De oposição, participam o ex-vice-presidente Antônio Roque Citadini e o conselheiro André Castro, de 46 anos, que atua no mercado financeiro pela XP.
Promessa de abolir papel
Em entrevista ao canal “Boletim Corinthiano”, Citadini afirmou que, caso assuma o clube, “desaparece ingresso impresso” já no primeiro dia de gestão. Ele sustenta que toda a bilheteria da Neo Química Arena deve migrar para vendas exclusivamente digitais. Questionado se ainda circulam bilhetes físicos, respondeu: “A gente nunca sabe”.
Oferta bilionária contestada
Para tentar reverter o favoritismo de Stabile, André Castro apresentou carta de intenção do GSP Banco de Fomento Mercantil prometendo injetar US$ 1 bilhão no Corinthians, com repasse inicial de R$ 500 milhões. O documento é assinado pelo CEO Carlos César Arruda e condiciona o investimento à vitória do candidato.
Após o anúncio, o próprio GSP esclareceu que não é banco autorizado pelo Banco Central, mas uma empresa de factoring fundada em 2010, em Goiânia, com capital social declarado de R$ 6,57 bilhões. A companhia informou que o montante seria captado no mercado, não proveniente de recursos próprios, “conforme projeto de investimentos, riscos e retorno previstos”.
Contexto da eleição
A votação indireta ocorre depois da cassação de Augusto Melo, afastado por denúncias ligadas ao contrato com a casa de apostas VaideBet. O mandato-tampão terminará junto com o ciclo administrativo atual, no fim do próximo ano.

Imagem: Internet
Enquanto o bastidor político esquenta, a torcida aguarda para saber se o clube realmente dirá adeus ao papel nos jogos e, principalmente, se o aporte de cifras inéditas sairá do papel.
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Com informações de Máquina do Esporte