El Ghazi relata bombardeio israelense em Doha e critica ofensiva: “Palestina livre”

Leonardo Monteiro
Futebol Market

Doha (Qatar), 9 set. 2025 – O atacante holandês Anwar El Ghazi, hoje no Cardiff City, afirmou ter testemunhado pessoalmente o bombardeio israelense que atingiu a capital catariana na manhã desta terça-feira (9). Em publicação na rede X, o jogador classificou a ação de Israel como “atos criminosos ilegais” e questionou quando a comunidade internacional reagirá: “Se fazem isso em um Estado soberano, imaginem a crueldade contra civis e crianças palestinas ao longo de décadas”.

O Exército israelense confirmou a autoria do ataque e informou que caças alvejaram, com armamento de precisão, integrantes da cúpula do Hamas que estariam reunidos em Doha. O grupo palestino reconheceu a morte de cinco dirigentes, entre eles o filho de Khalil Al-Hayya, principal negociador nas conversas de cessar-fogo com Israel.

Reação de Doha e suspensão das negociações

Em comunicado oficial, o governo do Catar informou que um membro de sua Força de Segurança Interna foi morto e outros ficaram feridos – número não divulgado. Considerando a operação uma violação do direito internacional, o chanceler catariano anunciou a suspensão temporária da mediação entre Israel e Hamas e classificou o bombardeio como “ato covarde”.

Histórico de El Ghazi com a causa palestina

Aos 28 anos, El Ghazi já havia se envolvido em polêmica semelhante em 2023. Na época, recém-contratado pelo Mainz 05, publicou mensagem defendendo os palestinos e usou a frase “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, vista por parte da opinião pública como negação da legitimidade de Israel. O clube alemão afastou o atleta, reintegrou-o depois, mas rescindiu o contrato em meio à repercussão negativa.

O atacante moveu ação trabalhista e, em julho de 2024, a Justiça condenou o Mainz a restabelecer o vínculo e pagar cerca de € 1,7 milhão (R$ 10,8 mi) referentes a nove salários atrasados. Apesar da decisão judicial, a passagem do jogador pela Bundesliga chegou ao fim; ele assinou com o Cardiff City na temporada 2024/25.

Contexto do conflito

O ataque desta terça ocorreu quase dois anos após a ofensiva de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou 1.400 pessoas em Israel e capturou 200 reféns. Em resposta, Israel mantém operações militares na Faixa de Gaza, cuja estimativa de mortos já ultrapassa 53 mil, segundo levantamento publicado pelo diário britânico The Guardian em agosto.

A repercussão da ação em Doha intensificou críticas à postura israelense e gerou apreensão sobre a retomada das negociações de paz. El Ghazi, que se encontrava em um hotel próximo às explosões, reiterou seu posicionamento: “Israel não é compatível com a paz”, concluiu na postagem.

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Com informações de Trivela

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