São Paulo, 16 de setembro de 2025 – O empresário Clovis Paixão, dono de um restaurante em Guaianazes, recorreu à Justiça para invalidar a investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) sobre possíveis notas fiscais frias emitidas para o Sport Club Corinthians Paulista durante a gestão de Duilio Monteiro Alves. O pedido de habeas corpus, contudo, não recebeu liminar e o inquérito permanece em andamento.
Pedido de habeas corpus
No requerimento, protocolado no fim de semana, a defesa de Paixão aponta “constrangimento ilegal” e sustenta que o Procedimento Investigatório Criminal foi instaurado apenas com base em reportagens jornalísticas. Também alega abuso de autoridade, desvio de função e nulidade de provas emprestadas.
O advogado argumenta ainda que o Corinthians é uma associação civil de natureza privada, fora do alcance do artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, e que Paixão não mantém qualquer vínculo administrativo com o clube.
Decisão preliminar do Judiciário
Ao analisar o caso de forma preliminar, o juiz responsável entendeu não haver prova imediata de constrangimento ilegal. Assim, negou a liminar que suspenderia a investigação e solicitou que o promotor Cássio Conserino apresente informações complementares em até 48 horas. Depois disso, o processo seguirá para manifestação da Procuradoria-Geral de Justiça antes de nova decisão.
Origem das suspeitas
Em junho de 2024, Paixão confirmou ao portal Meu Timão ter emitido notas fiscais que somavam R$ 20.860,00. Segundo ele, os pedidos de marmitas – entre 80 e 120 unidades por remessa – eram feitos pessoalmente e pagos no ato, por valores unitários de até R$ 21,00. O valor total era consolidado em uma nota de maior montante, prática repetida diversas vezes ao longo do mês.
Duilio Monteiro Alves declarou, à época, que as despesas estariam ligadas à reativação do projeto social “Time do Povo”, voltado a crianças em situação de vulnerabilidade. Horas depois, o ex-presidente do clube modificou a versão e pediu desculpas publicamente.
Posicionamento do Corinthians
Procurado anteriormente, o Corinthians informou ter acionado seus departamentos de contabilidade e financeiro, que não localizaram registros de pagamentos ao restaurante em 2024. O clube segue apurando internamente a origem das notas.

Imagem: Internet
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O processo continuará em análise após a manifestação do MP-SP e da Procuradoria-Geral. Até lá, a investigação sobre as supostas notas frias permanece ativa.
Resumo: Clovis Paixão tentou anular a investigação sobre notas fiscais ligadas ao Corinthians, mas a Justiça negou decisão urgente. Acompanhe as atualizações e não perca nossos conteúdos sobre o mundo do futebol e das finanças esportivas.
Com informações de Meu Timão