Baku (Azerbaijão) – A segunda vitória consecutiva de Max Verstappen reduziu para 69 pontos a distância que separa o holandês de Oscar Piastri na liderança do Mundial de Fórmula 1. O triunfo veio após um fim de semana complicado para a McLaren, que viu Piastri abandonar na primeira volta e Lando Norris terminar apenas em sétimo. Com sete provas restantes, o australiano mantém 25 pontos de vantagem sobre o companheiro de equipe.
McLaren sente a pressão
Antes mesmo da corrida, o chefe da McLaren, Andrea Stella, já alertava para a ameaça do piloto da Red Bull. Segundo o dirigente, a experiência de um tetracampeão mundial em um carro competitivo deixa Verstappen vivo na briga, apesar da diferença equivalente a quase três vitórias completas. A avaliação interna é de que, se Piastri e Norris voltarem a pontuar regularmente, o time deve conter o avanço do rival; contudo, desempenhos irregulares como o de Baku podem recolocar o holandês no páreo.
Formato dos Grandes Prêmios em debate
O presidente da F1, Stefano Domenicali, voltou a defender a ampliação das corridas sprint – a categoria cogita até 12 provas curtas por temporada. Embora tenha admitido que a duração atual de cerca de 90 minutos pode parecer longa para parte do público jovem, o executivo indicou que a discussão gira mais em torno de formatos de destaque em plataformas digitais do que, necessariamente, da redução dos GPs tradicionais. Equipes e pilotos, de modo geral, mostram-se abertos às sprints, mas contrários a encurtar as corridas principais.
Pneus: entenda a escolha
Em Baku, a maioria dos pilotos preferiu o composto médio em detrimento do macio C6, recém-introduzido pela Pirelli para estimular mais paradas. O C6 revelou-se mais lento que o médio em uma volta rápida, condição determinante para a classificação. A fornecedora leva três dos seis compostos (C1 a C6) a cada etapa, adequando a seleção à abrasividade e às velocidades de cada circuito. A decisão final sobre qual pneu usar é tomada em consenso entre engenheiros e pilotos, como ilustrado por George Russell, que em Monza solicitou o médio para sua tentativa derradeira no qualifying.
Recorde de bandeiras vermelhas
O treino classificatório de Baku registrou seis interrupções, superando as cinco de Emilia-Romagna 2022 e Brasil 2024. Rajadas de vento, chuva leve e a proximidade dos muros transformaram o circuito de rua em armadilha. Características semelhantes explicam as paralisações nas pistas de Imola e Interlagos, ambas estreitas e com áreas de escape em brita, que penalizam qualquer erro.
Imagem: Internet
Com a disputa pelo título reaberta e mudanças de formato em discussão, a reta final da temporada promete equilíbrio dentro e fora das pistas.
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Com informações de BBC Sport
