Um tatu-bola “craque” passou a roubar a cena no campinho do bairro Algodão, área rural de Pouso Alegre (MG). O animal aparece diariamente nas partidas disputadas por crianças e jovens da comunidade, corre atrás da bola e chega a “driblar” quem tenta tirá-la de seu caminho.
Segundo o conferente Erivelton Moreira, o primeiro contato com o inusitado reforço aconteceu quando o grupo se preparava para entrar em campo. “Toda vez que colocávamos o equipamento, ele surgia correndo atrás da bola”, lembra. A curiosidade logo se transformou em diversão: “A garotada começou a brincar com ele”, conta.
O tatu ganhou o apelido de “Fuleco Sul-Mineiro”, referência ao mascote da Copa do Mundo de 2014, e hoje integra as peladas quase como um titular. O estudante Otávio de Oliveira Vieira garante que o pequeno mamífero demonstra habilidade: “Quando partimos pra cima, ele corta pro lado; se tomamos a bola, ele corre atrás”.
Moradores afirmam que o animal vive em uma mata próxima ao campo. Para eles, a presença do tatu-bola tornou os jogos vespertinos ainda mais atrativos. “É muito divertido. Ele já está entrosado com a gente”, comenta o conferente Erislan Moreira Souza.
Comportamento natural
Especialistas explicam que, apesar de parecer brincadeira, o tatu-bola provavelmente enxerga a bola como outro tatu. Durante a fase jovem, esses animais correm uns atrás dos outros, e o formato arredondado da bola desencadeia esse instinto.
Por se tratar de espécie silvestre, o contato precisa ter limites. “Temos que respeitar o animal; maus-tratos não existem aqui”, garante Erivelton. Quando o tatu se apropria do objeto, os jogadores cedem: “Deixamos ele brincar um pouco e pegamos outra bola”, completa Otávio.
Imagem: Internet
Enquanto isso, o “jogador” de casco segue arrancando sorrisos e driblando os ponteiros do relógio nas tardes do bairro Algodão, consolidando-se como uma das atrações mais inusitadas do futebol amador no Sul de Minas.
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Com informações de ge.globo.com
