Fenapaf teme atraso nos salários e ingressa na disputa jurídica entre Flamengo e Libra pelos direitos de TV

Leonardo Monteiro

Rio de Janeiro – A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) pediu ingresso no processo que opõe Flamengo e Libra no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O sindicato dos jogadores alega receio de que o bloqueio de receitas determinado pela Justiça prejudique diretamente o pagamento de salários e demais obrigações trabalhistas dos atletas dos clubes filiados à liga.

Na petição encaminhada à desembargadora Lucia Helena de Passos, a entidade argumenta que a retenção de valores “pode comprometer o fluxo de caixa das equipes” e, por consequência, atrasar repasses aos elencos. O tribunal, neste momento, analisa exclusivamente o congelamento das verbas depositadas pela TV Globo; o mérito da disputa, que definirá quem tem direito aos recursos, será julgado posteriormente em instância arbitral.

Origem do impasse

O conflito começou após divergências sobre o critério de audiência previsto no contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro. O índice corresponde a 30% do valor total do acordo. O Flamengo sustenta que a métrica causa desequilíbrio na divisão das receitas e solicitou à Justiça o bloqueio dessa fatia, levando a emissora a depositar judicialmente R$ 77 milhões.

Além do clube carioca, outros oito integrantes da Libra estão sujeitos à decisão: Santos, São Paulo, Palmeiras, Vitória, Bahia, Red Bull Bragantino, Grêmio e Atlético-MG.

Tensões entre dirigentes

As discussões ficaram mais acaloradas após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, anunciar que pretende acionar o Flamengo judicialmente e classificar a gestão rubro-negra de “terraflamista”. Em resposta, o presidente Rodolfo Landim reafirmou que o clube permanecerá na Libra até 2029 e pediu “bom senso” aos demais cartolas.

Direito de arena preservado

Por lei, a Fenapaf recebe 5% do valor integral do contrato de TV a título de direito de arena. Segundo o UOL, a Globo faz esse repasse de maneira direta, prática semelhante à retenção de impostos, o que tende a proteger o percentual destinado aos jogadores mesmo com o bloqueio judicial. Ainda assim, o sindicato sustenta que a medida pode gerar instabilidade nas finanças das agremiações e defende negociação cautelosa para evitar prejuízos aos atletas.

Com a Fenapaf agora como parte interessada, a magistrada deverá ouvir Flamengo e Libra antes de tomar nova decisão sobre o congelamento dos valores.

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Com informações de MKT Esportivo

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