A Fórmula 1 encerrou o segundo trimestre de 2025 com faturamento de US$ 1,341 bilhão, resultado que representa avanço de 35% em relação ao mesmo período de 2024, quando a receita somou US$ 988 milhões. Os dados constam do balanço divulgado pela Liberty Media, controladora da principal categoria do automobilismo mundial.
O desempenho positivo reverteu o prejuízo registrado nos três primeiros meses do ano. Após contabilizar perda de US$ 28 milhões no primeiro trimestre, a organização alcançou lucro de US$ 280 milhões entre abril e junho. No segundo trimestre de 2024, o ganho havia sido de US$ 59 milhões.
O crescimento observado no período foi atribuído a dois fatores principais. Em primeiro lugar, o calendário incluiu nove Grandes Prêmios, um a mais do que em igual janela do ano anterior, elevando a receita proveniente de taxas de realização de corridas, hospitalidade e venda de ingressos. Em segundo, o lançamento do longa-metragem “F1: O Filme”, estrelado por Brad Pitt, gerou impacto adicional ao conquistar mais de US$ 550 milhões em bilheteria e tornar-se a produção de maior retorno da história da Apple Play.
A expansão da receita se refletiu diretamente nos repasses às 20 equipes do grid. Os pagamentos distribuídos totalizaram US$ 513 milhões, valor 18% superior ao que foi destinado às escuderias no segundo trimestre de 2024. O montante inclui premiação por desempenho esportivo, participação nas receitas comerciais e outros bônus previstos no Pacto de Concórdia.
A Liberty Media destacou ainda avanços em frentes estratégicas. A companhia concluiu a aquisição da MotoGP, prosseguiu com o processo de cisão da divisão Liberty Live e consolidou novos acordos comerciais. Entre as parcerias firmadas no trimestre estão contratos globais com Pepsi e Disney, além da renovação do patrocínio com a MSC Cruzeiros. Também foram estendidos os contratos de promoção dos Grandes Prêmios do Canadá e da Áustria.
Na comparação com o primeiro trimestre, a evolução financeira é ainda mais evidente. De janeiro a março, a Fórmula 1 havia faturado US$ 477 milhões, valor 27% inferior ao do mesmo recorte de 2024. O salto para US$ 1,341 bilhão no trimestre seguinte evidencia o peso da concentração de corridas e de receitas de mídia no calendário europeu, tradicionalmente mais carregado no meio do ano.

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O balanço mostra que as receitas dividem-se em três grandes grupos: direitos de mídia, taxas de promoção de corridas e atividades comerciais associadas. Embora os valores detalhados de cada segmento não tenham sido divulgados, a Liberty Media informou que todos apresentaram crescimento, impulsionados pelo aumento do calendário, pela venda de hospitalidade premium e pelo desempenho das linhas de licenciamento.
Além dos números financeiros, o relatório menciona indicadores de engajamento. Segundo a empresa, o interesse do público continua em patamar recorde, apoiado em audiências de TV estáveis, crescimento de seguidores nas plataformas digitais e procura elevada por ingressos. Tais métricas, afirma a companhia, reforçam a capacidade da categoria de gerar novas oportunidades de negócios.
Para o restante da temporada, a Fórmula 1 tem programadas 15 corridas, incluindo etapas de estreia como a de Madrid e outras de retorno ao calendário, caso de Xangai. A expectativa oficial é manter a trajetória de expansão de receitas, favorecida por pacotes de hospitalidade esgotados em vários circuitos e pela continuidade do calendário em formato de 24 provas.
Com o resultado do segundo trimestre, o Grupo Formula One consolida a recuperação depois de um início de ano marcado por custos elevados em logística e produção de eventos. A combinação de maior número de Grandes Prêmios, diversificação de receitas e acordos de mídia reforçados permitiu que a categoria convertesse o aumento de faturamento em lucro substancial e fortalecesse sua posição financeira para o decorrer da temporada 2025.