São Paulo – O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi indiciado pelo Ministério Público de São Paulo por uso indevido do cartão corporativo do clube. De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino, o dirigente e o ex-gerente financeiro Roberto Gavioli teriam utilizado R$ 480 mil para despesas pessoais, incluindo viagens a Tibau do Sul (RN) e Fernando de Noronha (PE).
Indiciamento e reembolso cobrado
No pedido encaminhado à Justiça, Conserino requer que Andrés e Gavioli devolvam integralmente o valor supostamente gasto de forma irregular. A investigação aponta que as despesas ocorreram durante e após o mandato de Sanchez, que comandou o Corinthians entre 2007 e 2011 e voltou ao cargo em 2018.
Afastamento dos Conselhos
Para concentrar-se na defesa, o ex-presidente solicitou afastamento dos Conselhos de Orientação (Cori) e Deliberativo (CD), nos quais era membro vitalício. O pedido foi aceito pelo presidente do CD, Romeu Tuma Jr., sem necessidade de votação. A Comissão de Justiça do órgão dará sequência à apuração interna e deve ouvir ex-diretores e ex-presidentes de órgãos fiscalizadores do clube a partir da gestão de 2018.
Da ascensão à crise
Sanchez chegou ao poder em 2007, após o rebaixamento do Corinthians à Série B, e liderou um período vitorioso que incluiu a contratação de Ronaldo, o título da Copa Libertadores de 2012 e a construção da Neo Química Arena. Fora do Parque São Jorge, teve influência decisiva na negociação de direitos de TV após a saída do clube do extinto Clube dos 13.
Nos últimos anos, porém, o grupo político Renovação e Transparência, chefiado pelo ex-presidente, perdeu força. A derrota nas eleições de 2023 para a chapa de Augusto Melo marcou o início de um período de oposição interna, intensificado pelo escândalo VaideBet e pela cassação de Melo em 2024.
Pressão da torcida organizada
Nesta quarta-feira (15), a Gaviões da Fiel divulgou nota exigindo a expulsão de Andrés do quadro de associados. A organizada vem manifestando rejeição à antiga diretoria e ameaça fazer oposição a qualquer integrante da Renovação e Transparência que assuma cargos estratégicos.

Imagem: Internet
Com a dívida da Neo Química Arena ultrapassando R$ 700 milhões e a equipe lutando para equilibrar as finanças, o indiciamento de um dos dirigentes mais influentes da história alvinegra aprofunda a crise política no clube.
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Com informações de Máquina do Esporte