Morte de jovem atleta após choque com muro faz FA rever segurança em estádios menores

Leonardo Monteiro

Londres – A Federação Inglesa de Futebol (FA) anunciou nesta sexta-feira (26) que abrirá uma revisão urgente sobre a segurança do entorno dos gramados em ligas abaixo da quarta divisão profissional, depois da morte do atacante Billy Vigar, de 21 anos.

O jogador do Chichester City sofreu traumatismo craniano no sábado passado (21) ao colidir com uma parede de concreto durante partida contra o Wingate & Finchley, em Summers Lane, Londres. Ex-integrante da categoria de base do Arsenal, Vigar foi levado ao hospital e mantido em coma induzido, mas não resistiu aos ferimentos; o óbito foi confirmado pelo clube na quinta-feira (25).

FA promete análise imediata

Em nota, a FA informou que trabalhará “com ligas, clubes e demais partes interessadas” para avaliar a segurança de muros e barreiras que circundam os campos do National League System. A entidade também pretende auxiliar os clubes a implantar medidas adicionais capazes de reduzir riscos.

A responsabilidade primária pela integridade de atletas e torcedores em estádios fora das quatro principais divisões cabe às próprias agremiações e às autoridades locais. Ainda assim, a tragédia reacendeu críticas sobre a proximidade de estruturas rígidas às linhas laterais.

PFA reforça apelo por investigação

O diretor-executivo da Associação de Jogadores Profissionais (PFA), Maheta Molango, cobrou investigação formal. Em 2023, após incidente semelhante com Alex Fletcher, do Bath City – que fraturou o crânio em novembro de 2022 –, a PFA e o então ministro do Esporte, Stuart Andrew, enviaram cartas à FA, Premier League, EFL e National League solicitando ação proativa.

“Todos os jogadores devem esperar condições seguras para treinar e atuar, sem riscos evitáveis”, declarou Molango. Ele quer garantir que oportunidades de melhoria não tenham sido ignoradas.

Repercussão política

A deputada Jess Brown-Fuller, representante de Chichester, manifestou pesar e defendeu apuração completa das circunstâncias. Para a parlamentar, “o futebol une comunidades e deve ser praticado com segurança em todo o país”.

O Wingate & Finchley afirmou estar em contato com as autoridades competentes e prestou condolências à família do atleta. A Sports Grounds Safety Authority (SGSA) explicou que o estádio Summers Lane está fora de sua área de licenciamento, mas ofereceu apoio às investigações.

Enquanto o processo é conduzido, a discussão sobre distâncias mínimas entre campo e barreiras físicas ganha força, potencialmente levando a novas regras para os cerca de 1.000 clubes que compõem o sistema semiprofissional inglês.

Para entender como outros países enfrentam desafios semelhantes, confira nosso especial sobre segurança nos estádios. Já quem acompanha os torneios ingleses pode se interessar pelo calendário completo do futebol inglês. E se deseja analisar probabilidades, veja também nosso guia completo de apostas esportivas para apostar com responsabilidade.

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Com informações de The Guardian

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