Salários em euro e bônus robustos: por que a Rússia virou destino preferido de jogadores brasileiros

Leonardo Monteiro
Futebol Market

A Premier League Russa registra nesta temporada 29 atletas brasileiros distribuídos em dez clubes, número que representa crescimento de 163% em relação a 2020/21, quando apenas 11 atuavam no país. Na campanha 2022/23, a liga já havia contado com 21 nomes do Brasil.

Mesmo afastado das competições da Uefa desde o início da guerra contra a Ucrânia, em 2022, o futebol russo segue reforçando laços com o mercado brasileiro. O Zenit, principal potência local, abriu conversas para contratar Kaio Jorge e Kaiki, ambos do Cruzeiro, além de Riquelme Fillipi, do Palmeiras.

Motivos financeiros pesam

Os contratos em euro são o maior atrativo. Com o rublo desvalorizado, o poder de compra dos atletas cresce consideravelmente. Gerson, ex-Flamengo, multiplicou por três o salário ao assinar com o Zenit. Além disso, bônus variáveis por partida e prêmios de performance reforçam a remuneração.

Clubes sustentados por gigantes como Gazprom (Zenit) e Lukoil (Spartak Moscou) garantem estabilidade salarial, cenário oposto ao verificado em mercados que sofreram com atrasos, como o chinês. “As propostas acabam sendo irrecusáveis”, explica o empresário Roberto Dantas, representante de Douglas Santos.

Calendário favorável e estrutura consolidada

A liga oferece duas pausas durante a temporada, permitindo férias no meio e no fim do ano. Para muitos brasileiros, a possibilidade de passar Natal e Réveillon no país de origem pesa na decisão. A pré-temporada de inverno costuma ocorrer no Oriente Médio, longe do frio rigoroso.

Mesmo com o êxodo geral de estrangeiros — de 157 jogadores (excluindo brasileiros) em 2021/22 para 138 em 2022/23 —, o campeonato preservou infraestrutura sólida. Casos de sucesso, como Malcom, vendido do Zenit ao Al-Hilal por cifras milionárias, alimentam a percepção de vitrine e revenda futura.

Rede de apoio e tradição verde-amarela

A presença contínua de compatriotas construiu um ambiente acolhedor. Nomes como Nino, Luiz Henrique, Bitello e Douglas Santos ajudam recém-chegados na adaptação a idioma, clima e rotinas. “Os clubes dão excelente assistência e cumprem o que prometem”, afirma Dantas.

Para manter o nível competitivo sem atrair europeus de ponta, dirigentes russos enxergam o Brasil como mercado estratégico de talentos acessíveis. A lista atual inclui defensores (João Victor, Diego Costa), meio-campistas (Wendel, Bitello) e atacantes (Pedro, Marquinhos), reforçando todas as posições.

Com salários elevados, segurança contratual e rotina organizada, a Rússia segue sendo destino viável — e cada vez mais procurado — pelos jogadores brasileiros.

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Com informações de Trivela

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