Seleção dos EUA: primeiros favoritos de Pochettino para a Copa de 2026

Leonardo Monteiro

A menos de um ano da Copa do Mundo de 2026, o técnico Mauricio Pochettino já esboça o grupo de 26 jogadores que pretende levar ao torneio. Após uma Gold Cup marcada por numerosas ausências e testes, o treinador argentino começa a definir quem está mais próximo da convocação final e quais postos permanecem em aberto.

Goleiros

Matt Turner, 31 anos, retornou ao New England Revolution por empréstimo do Lyon para recuperar ritmo de jogo e, hoje, parte na frente pela experiência de ter disputado o Mundial anterior. A concorrência, porém, promete ser intensa. Matt Freese, 26, destacou-se na Gold Cup defendendo pênaltis contra a Costa Rica, mas precisa reduzir erros de saída de bola. Já Zack Steffen, 30, briga contra sucessivas lesões no joelho; quando atua pelo Colorado Rapids, apresenta bons números e continua no radar.

Zagueiros

No setor central, Chris Richards, 25, do Crystal Palace, saiu da Gold Cup como nome incontestável. Ao seu lado, a experiência de Tim Ream, 37, hoje no Charlotte FC, ainda pesa, embora a idade gere dúvida sobre a capacidade de manter nível alto no Mundial. Mark McKenzie, 26, (Toulouse) alterna boas atuações na Ligue 1 com oscilações pela seleção. Cameron Carter-Vickers, 27, do Celtic, oferece força física, mas busca consistência. Completa a lista Miles Robinson, 28, do FC Cincinnati, que tenta retomar a forma pré-lesão no tendão de Aquiles que o tirou da Copa de 2022.

Laterais

Sergiño Dest, 24, voltou a atuar pelo PSV Eindhoven após longos meses fora e é peça-chave pela criatividade no flanco direito. Na esquerda, Antonee Robinson, 27, do Fulham, recupera-se de cirurgia no joelho e mantém status de titular. A versatilidade de Joe Scally, 22, (Borussia Mönchengladbach) garante experiência europeia, mas sua participação ofensiva ainda é questionada. Fechando o setor, Caleb Wiley, 20, emprestado ao Watford, apresentou evolução defensiva na Championship e busca mostrar novamente o potencial ofensivo revelado no Atlanta United.

Meio-campistas

Mesmo em fase irregular, Tyler Adams, 26, do Bournemouth, segue como pilar defensivo, desde que permaneça saudável. Weston McKennie, 26, vive temporada cheia na Juventus com o Mundial de Clubes, mas precisará provar a Pochettino que merece vaga na equipe titular. Recém-contratado pelo Atlético de Madrid, Johnny Cardoso, 23, ainda não repetiu na seleção o rendimento de clube. Luca de la Torre, 27, mostrou bom controle de posse na Gold Cup pelo San Diego FC, embora tenha apresentado queda física no fim do torneio. Já Tanner Tessmann, 23, do Lyon, aproveitou o primeiro ano na Ligue 1 e tenta dar salto definitivo para garantir espaço.

Pontas e meias ofensivos

Principal referência técnica, Christian Pulisic, 26, do Milan, deve selar reconciliação com o treinador após desentendimento público no ano passado. Tim Weah, 25, recém-chegado ao Marseille, oferece velocidade rara no elenco. A transferência de Malik Tillman, 23, para o Bayer Leverkusen representa teste importante de adaptação a um ambiente mais competitivo. No cenário doméstico, Diego Luna, 21, do Real Salt Lake, ganhou espaço pela criatividade e pelos gols decisivos, mas ainda busca consistência contra rivais de maior nível.

Atacantes

A disputa pela posição de centroavante segue aberta. Mesmo sem atuar pela seleção em 2025 devido a cirurgia no ombro, Folarin Balogun, 24, do Monaco, continua levemente à frente por oferecer profundidade ao ataque. Ricardo Pepi, 22, recupera-se de lesão no joelho e deve ganhar minutos no PSV após a saída de Luuk de Jong. Já Josh Sargent, 25, permanece no Norwich City, mas não marca pela seleção desde 2019. Patrick Agyemang, 24, agora no Derby County, agrada a comissão pela estatura e pela força física, embora ainda apresente controle de bola irregular. Completa o quinteto Haji Wright, 27, que tenta superar a marca de 12 gols obtida pelo Coventry City na temporada passada e valoriza-se por poder atuar também aberto pelos lados.

Jogadores de olho

Alguns nomes frequentam a pré-lista, mas precisam de desempenho superior para entrar na convocação final. Entre eles estão o goleiro Patrick Schulte (Columbus Crew), o zagueiro Auston Trusty (Celtic), o lateral Max Arfsten (Columbus Crew), o meio-campista Yunus Musah (Milan) e o atacante Gio Reyna (Borussia Dortmund), que dependem de sequência de jogos nos clubes para voltarem ao radar.

Pochettino deixou claro ao longo do ciclo que histórico passado não garante lugar na Copa. Com a maioria dos lesionados retornando e uma temporada de clubes ainda por disputar, a porta continua aberta para ajustes, embora a espinha dorsal da seleção venha ganhando forma.

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