UEFA planeja ampliar prazo para resolver conflitos de multipropriedade após caso Crystal Palace

Leonardo Monteiro

Genebra (Suíça) – A UEFA estuda alterar já para a temporada 2025/26 as regras que limitam a participação de clubes com investidores em comum em competições continentais. A proposta prevê um prazo maior para que as equipes regularizem situações de multipropriedade, depois de o Crystal Palace perder a vaga na Europa League e ser redirecionado à Conference League.

Segundo informações publicadas pelo jornal The Guardian, a entidade pretende estender o limite atual de 1º de março até o início de junho, período que antecede os sorteios das fases preliminares dos torneios europeus. A mudança tem como objetivo evitar novos impasses administrativos semelhantes ao que envolveu o clube londrino.

Entenda o caso

Campeão da Copa da Inglaterra, o Crystal Palace deveria disputar a Europa League. No entanto, as normas da UEFA vetam a presença de dois times com o mesmo acionista na mesma competição. Naquele momento, o empresário norte-americano John Textor possuía 43% das ações do Palace e integrava o grupo controlador do Lyon, também classificado para o torneio.

O prazo para resolver o conflito expirou em 1º de março de 2025. Sem apresentar solução considerada adequada, o Palace foi remanejado para a Conference League. A vaga na Europa League ficou com o Lyon, sexto colocado da Ligue 1, enquanto o Nottingham Forest herdou o posto inglês no torneio.

Modelo de “fundo cego” em discussão

Vários conglomerados esportivos utilizam a estrutura de “fundo cego” para comprovar ausência de influência decisiva sobre um dos clubes, estratégia aplicada por Manchester City e Girona na Champions League e por Manchester United e Nice na Europa League. O Palace optou por não aderir a esse modelo e alegou desconhecer o prazo limitado para regularização.

A diretoria inglesa ainda recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, mas não teve êxito, mesmo após a saída de Textor do quadro societário. O presidente Steve Parish classificou a exclusão como “golpe duro” e disse que a regra não refletia a realidade do caso.

Como ficará a nova regra

Pelo formato em estudo, os clubes continuariam obrigados a notificar a UEFA sobre possíveis conflitos até março, porém teriam até junho para apresentar a solução definitiva. Dessa forma, a entidade acredita minimizar riscos de mudanças de última hora, mantendo o cronograma das competições intacto.

Próximos passos – A proposta será analisada pelo Comitê Executivo da UEFA nas primeiras reuniões de 2025. Se aprovada, as alterações entrarão em vigor já no próximo ciclo europeu.

Quer entender como o tema da multipropriedade impacta negociações e desempenho em campo? Acompanhe atualizações na seção Notícias do Futebol Market. Para saber como essas decisões afetam as cotações, visite nossa página de Apostas Esportivas. E não deixe de conferir outras análises exclusivas em Futebol Market.

Com informações de MKT Esportivo

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Futebol Market
Visão geral da privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.