São Paulo, 10 de setembro de 2025 – O São Paulo acertou a transferência do atacante Henrique Carmo para o futebol russo por 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 38 milhões). A negociação, feita em meio à necessidade de reforçar o caixa, provocou reações distintas de ex-jogadores ligados ao clube.
Muller vê valor “satisfatório” diante da pouca rodagem
Campeão mundial em 1992 e 1993, Muller considera o montante positivo para um atleta que ainda não somou muitos minutos na equipe principal. “É um jogador sem muita estrada. O cofre está vazio e qualquer seis milhões ajudam”, afirmou o ex-atacante, lembrando que o ideal seria segurar o atleta e negociá-lo futuramente por cifras maiores, como fazem Flamengo e Palmeiras. Ainda assim, ele entende a urgência tricolor: “Para quem não tem um pau para dar num gato, vende logo”.
MAC classifica negócio como “escândalo”
Marco Aurélio Cunha, ex-diretor de futebol do São Paulo, discorda frontalmente. Para ele, a ida de Henrique Carmo ao mercado russo dificulta uma revenda lucrativa. “Sem Champions League, o futebol lá está desvalorizado. Esse garoto poderia valer o dobro ou o triplo daqui a um ou dois anos. Estamos jogando fora talentos que amanhã valeriam dez vezes mais”, criticou o dirigente, atribuindo a negociação à “gestão administrativa e financeira caótica” do clube.
Cicinho defende a venda para reduzir dívidas
Campeão da Libertadores em 2005, Cicinho adotou posição semelhante à de Muller, reforçando a preocupação com as contas. “O São Paulo plantou esse caos e está colhendo agora. A dívida não pode esperar”, afirmou. Segundo o ex-lateral, a diretoria precisou escolher entre manter o prospecto ou reduzir passivos imediatos.
Pressão financeira acelerou a decisão
Internamente, a diretoria admite que a venda foi motivada pela necessidade de cumprir compromissos trabalhistas e bancários. O clube já havia negociado outros atletas formados em Cotia em 2025, estratégia que vem sendo criticada por torcedores nas redes sociais.
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Imagem: alexandrezanquetta
Com a venda de Henrique Carmo, o São Paulo alivia parte de sua dívida, mas reacende o debate sobre a política de negociações rápidas de atletas da base. A torcida aguarda os próximos passos da diretoria e o uso dos recursos obtidos.
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Com informações de Blog do São Paulo
